Donald Trump, candidato à presidência dos EUA pelo partido republicano, é o favorito dos brasileiros na hora de fazer uma “fezinha” em cima dos resultados das eleições americanas, que ocorrem em 5 de novembro.
De acordo com dados da Betfair, foram apostados cerca de R$ 117 mil no ex-presidente contra R$ 21 mil apostados em Kamala Harris, candidata pelo Partido Democrata e atual vice-presidente dos EUA.
A tendência brasileira por Trump vai contra a tendência mundial, que viu uma mudança no perfil das apostas a favor de Harris após o debate, colocando-a como favorita por uma pequena vantagem, segundo a empresa.
Apostas nas eleições americanas já movimentaram mundialmente mais de R$ 550 milhões, de acordo com a Betfair.
“O debate foi um momento muito emblemático, mostrando que realmente, quando o cenário global muda, a postura dos apostadores também muda, e, subsequentemente, as odds (cotação de retorno de uma aposta). Começamos o mês com Trump liderando as probabilidades, mas, após o debate, não só houve a virada das odds, mas também esse pico de apostas globalmente na Kamala”, comenta Rosiane Siqueira, porta-voz da Betfair.
No cenário mundial, segundo a Betfair, as chances de vitória pelo colégio eleitoral de Harris são de 52%, com uma cotação de 1,83, enquanto Trump aparece com 48%, ou cotação de 2,0.
Quanto mais alta a cotação, mais improvável os apostadores acreditam ser a vitória daquela opção e, consequentemente, maior é o retorno caso isso aconteça.
Isso significa que, se alguém apostar R$ 50 na eleição de Kamala Harris, terá um retorno de R$ 41,50 caso ela vença, contra um retorno de 100% caso a aposta no mesmo valor seja feita em Donald Trump.
Nos dados gerais, cerca de R$ 37,8 milhões foram apostados na democrata e R$ 17,8 milhões no republicano após o último debate.
Conheça as propostas de Kamala Harris para a economia dos EUA
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, apresentou seu plano econômico em um comício na Carolina do Norte focado na classe média.
As propostas de Kamala se baseiam na maioria nas medidas econômicas de Joe Biden, retomando ou ampliando projetos temporários que os democratas aprovaram quando o partido controlava o Congresso.
Kamala está tentando vender uma série ampliada de propostas progressistas com uma mensagem mais voltada para o futuro – uma mensagem que promete fortalecer a classe média e enfrentar grandes empresas que, segundo ela, são responsáveis pelo aumento dos custos.
As novas propostas de Kamala exigiriam a aprovação do Congresso – e ela não especificou como pagaria a sua custosa lista de desejos, em um momento em que a dívida federal está aumentando rapidamente.
A agenda da vice-presidente também inclui um plano econômico para cortar impostos para mais de 100 milhões de americanos de classe média e baixa renda.
Conheça as propostas de Trump para a economia dos EUA
O republicano, que busca um segundo mandato, tem uma agenda ambiciosa caso seja eleito em novembro.
Trump fez dois discursos esta semana centrados na economia e suas políticas, mas ele ainda precisa divulgar um plano econômico detalhado.
O republicano culpa o governo de Joe Biden pela alta dos preços e diz que a inflação atingiu níveis recordes sob a atual administração. A afirmação, no entanto, é falsa.
A taxa de inflação atual, de 2,9% registrado em julho, está longe do recorde de todos os tempos dos EUA de 23,7%, estabelecido em 1920.
Trump afirma repetidas vezes que durante seu governo não houve inflação, o que também é uma afirmação falsa.
O republicano disse que planeja assinar uma ordem executiva em seu primeiro dia de volta ao Salão Oval orientando todos os chefes de agência e secretários de gabinete a “usarem todas as ferramentas e autoridades à disposição para derrotar a inflação e reduzir rapidamente os preços ao consumidor”.
O republicano quer fazer isso em um prazo de 18 meses, ampliando a produção doméstica.
Trump também se opôs à energia limpa e prometeu empurrar os EUA de volta para combustíveis fósseis e a exploração de petróleo. O republicano e seus aliados dizem de forma errônea que aumentar a perfuração abaixaria os custos de gás e outros bens.
Além disso, Trump quer adicionar uma tarifa de pelo menos 10% sobre todas as importações de todos os países e 60% sobre as importações chinesas.
*Com informações da CNN internacional