A Colômbia exigiu, neste domingo (26), que os Estados Unidos tratassem os migrantes expulsos com “dignidade”, logo após impedir a entrada no país de aviões militares norte-americanos que transportavam colombianos deportados. Bogotá se posicionou após o Brasil ter anunciado que pediria explicações ao governo de Donald Trump pelo que chamou de “desrespeito aos direitos fundamentais” de 88 migrantes irregulares brasileiros.
“Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece. É por isso que rejeitei os aviões militares dos EUA que transportavam migrantes colombianos”, escreveu o presidente colombiano de esquerda, Gustavo Petro, na rede X. “Não posso obrigar os imigrantes a permanecer em um país que não os quer, mas se esse país os mandar de volta, isso deve ser feito com dignidade e respeito por eles e por nosso país”, completou Petro.
O chefe de Estado não especificou quantos voos dos Estados Unidos deveriam aterrissar na Colômbia ou quantos migrantes estavam sendo deportados. “Receberemos nossos cidadãos em aeronaves civis, sem tratá-los como criminosos”, acrescentou.