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Dólar fecha a R$ 5,79 após 12 dias de queda; Ibovespa sobe 0,31%, a 125,5 mil – Jovem Pan

por Jovem Pan
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CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Foto de notas de dólar americano

O dólar interrompeu nesta quarta-feira (5), uma sequência de 12 sessões em baixa frente ao real

Após doze sessões consecutivas de baixa, o dólar à vista fechou esta quarta-feira (5) com alta de 0,38%, a R$ 5,7942. A cotação da moeda abriu a sessão de hoje em queda de 0,16%, a R$ 5,7633, e atingiu máxima a R$ 5,8179 ao longo do dia marcado pelo noticiário sobre as disputas tarifárias desencadeadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Apesar da alta desta quarta, a moeda americana ainda recua na semana (0,73%). No ano, o dólar acumula desvalorização de 6,25%, após ter encerrado 2024 com ganhos de 27,34%. O recuo dos preços das commodities, em especial do petróleo, e a perda de fôlego das divisas latino-americanas abriram espaço para ajustes técnicos e movimentos de realização de lucros no mercado doméstico.

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Ibovespa

Após três sessões no negativo, o Ibovespa obteve leve recuperação, em alta de 0,31%, aos 125.534,07 pontos. O bom desempenho de Vale (ON +0,54%) e em especial dos grandes bancos, tendo Santander (Unit +6,20%) à frente após a divulgação de balanço trimestral, resultou em ganhos para o índice da B3, em dia ainda negativo para Petrobras (ON -1,01%, PN -0,73%). O giro financeiro desta quarta-feira foi a R$ 19,6 bilhões. Na semana e no mês, o Ibovespa acumula perda de 0,48%, após ganho de 4,86% em janeiro, que foi o primeiro desde agosto.

Além de Santander, destaque para Embraer (+15,51%), Auren Energia (+2,96%) e SLC Agrícola (+2,72%) na ponta ganhadora do Ibovespa na sessão. No lado oposto, Azul (-8,87%), Raízen (-7,65%), Vamos (-5,82%) e CVC (-5,21%). Destaque também para outros grandes nomes, como Itaú (PN +1,52%) e Bradesco (ON +1,46%, PN +2,33%), neste meio de semana.

Ponto focal das atenções globais nas últimas semanas, a abordagem de Trump para a política comercial tem sido neste início de segundo mandato na Casa Branca pautada por avanços e recuos, o que traz um grau maior de volatilidade para a precificação de ativos como o câmbio, a curva de juros e as ações em Bolsa. De forma ainda mais aparente do que no primeiro mandato, Trump é visto como um negociador que tenta trazer para a política táticas mais comuns ao meio empresarial – especialmente a de elevar a barra, ou bastão, antes de iniciar uma barganha.

De ontem para hoje, Trump voltou a surpreender, ao tratar a Faixa de Gaza como uma propriedade, e não um território, que poderia passar unilateralmente ao controle dos Estados Unidos para que seja reconstruída pela atuação direta americana – o que incluiria o afastamento dos palestinos, segundo proposto por Trump, para países vizinhos, como Egito e Jordânia. O mundo árabe, com os sauditas à frente, continua a defender a solução de dois estados, Israel e Palestina, e não aceita a remoção dos palestinos da Faixa de Gaza, uma população de 2 milhões.

Analistas observam, contudo, que Trump tem lançado ideias para logo em seguida corrigir o discurso, como fez recentemente com as tarifas que havia anunciado para Canadá e México – iniciativa quase instantaneamente revogada a partir de entendimento bilateral entre as partes, que acertaram trégua de um mês. Mas entre idas e vindas, o comportamento do presidente americano produz ruído, que traz variações maiores de preços aos ativos, sejam o dólar, a curva de juros ou ações.

No entanto, à medida que a estratégia do bate e volta vai sendo reiterada, um grau maior de ceticismo começa a prevalecer no mercado – o que se refletiu, por exemplo, nos preços do petróleo, que caíram cerca de 2% na sessão em Londres e Nova York, mesmo com a possibilidade de retomada da tensão no Oriente Médio e de comprometimento do acordo de troca de prisioneiros entre Israel e Hamas a partir dos comentários de Trump – que envolveram, também, a proposta de recorrer a uma política de “pressão máxima” sobre o Irã, importante produtor.

Contudo, o que predominou na sessão do petróleo foram os fundamentos, não o ruído: o dado oficial de que os estoques da commodity nos Estados Unidos aumentaram em 8,66 milhões de barris na semana passada, em variação bem acima do esperado para o intervalo.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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