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Haddad reunirá com Lula e Lira para debater reoneração da folha de pagamento

por NCTV
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Nesta terça-feira (16), o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que terá duas reuniões cruciais ainda esta semana para debater a medida provisória que gradativamente reonerará a folha de pagamento de 17 setores da economia intensivos em mão de obra. Após uma reunião com o Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), Haddad destacou a importância dos encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

“Eu fiquei de conversar com presidente Lula, devo fazê-lo amanhã [quarta-feira], devo conversar com presidente Lira, do qual dependem algumas decisões, formais e de mérito, isso deve acontecer na quinta ou no máximo na sexta de manhã aqui em Brasília”, declarou Haddad a jornalistas.

O ministro evitou entrar em detalhes sobre a proposta, enfatizando a disposição do governo para negociar com o Congresso e os setores afetados. “Tenho um protocolo a seguir, vou falar com o presidente Lula amanhã e consegui marcar uma audiência presencial com o presidente Lira. Estamos com todos os números, mas não podemos deixar pressionar, temos que ouvir todo mundo”, acrescentou. Haddad explicou que a medida provisória visa evitar uma renúncia fiscal de R$ 32 bilhões.

A desoneração de 17 setores, responsáveis por 9 milhões de empregos, teve a vigência prorrogada até 2027 em uma votação com amplo apoio no Congresso Nacional. A medida provisória do governo busca reintroduzir gradualmente o imposto sobre a folha, com taxas diferenciadas para diferentes grupos de setores.

A reoneração da folha de pagamento gerou um mal-estar no Congresso Nacional, pois o Parlamento já havia aprovado, por ampla maioria, o projeto de lei que prorrogava a desoneração até 2027. O governo acabou vetando a medida, mas o Congresso derrubou a decisão do Executivo. A maioria dos parlamentares defende a derrubada da matéria, mas os líderes do governo ainda apostam no diálogo, buscando negociar até 1º de abril, quando os efeitos da MP entram em vigor.

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