Outubro de 2026 ainda é um ponto longínquo na folhinha. Quem se aventurar a fazer prognósticos sobre o resultado da sucessão se arrisca a produzir quiromancia, e não análise política. Quando não é possível definir bem as coisas, é melhor não dizer coisas definitivas. Mas algo já pode ser dito: Gusttavo Lima encantou-se consigo mesmo.
“Não esperava por um resultado desse agora”, disse, entusiasmado com o resultado da pesquisa Quaest que o colocou a seis pontos de Lula num hipotético segundo turno: 41% a 35%. “Só Deus pode parar um sonho. O Brasil tem jeito”, disse o cantor sertanejo. “Não vamos desistir do Brasil. Nossa história está começando agora. Vamos com tudo. Que Deus nos abençoe.”
Num cenário em que a popularidade de Lula soluça e que Bolsonaro não pode disputar o voto antipetista, cria-se um vácuo no qual a aventura ganha uma base eleitoral. Gusttavo Lima soa como se estivesse pronto para encarnar o candidato contra-tudo-o-que-está-aí. Para quê? Ainda não disse.