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Athletico-PR e Chapecoense terão que remontar departamentos femininos após acesso; entenda o cenário dos clubes

Entenda a situação de cada clube e os desafios para 2025 A exigência da CBF A confirmação do acesso de Coritiba, Athletico-PR, Chapecoense e Clube do R...

Athletico-PR e Chapecoense terão que remontar departamentos femininos após acesso; entenda o cenário dos clubes
Athletico-PR e Chapecoense terão que remontar departamentos femininos após acesso; entenda o cenário dos clubes (Foto: Reprodução)

Entenda a situação de cada clube e os desafios para 2025

A exigência da CBF

A confirmação do acesso de Coritiba, Athletico-PR, Chapecoense e Clube do Remo à elite do futebol brasileiro, neste domingo (23), reacendeu um ponto fundamental da regulamentação nacional. Desde 2019, a participação na Série A masculina exige que todos os clubes mantenham uma equipe feminina ativa. Com isso, Athletico-PR e Chapecoense que haviam encerrado suas atividades, terão obrigatoriamente de remontar seus departamentos. Já Coritiba e Remo seguirão com a estrutura já existente no futebol feminino, que se mantém em funcionamento.

O Coritiba, campeão da Série B masculina, preserva há anos um trabalho consistente no futebol feminino, com as “Gurias do Coxa”. Em 2025, a equipe disputou a Série A3 do Brasileirão, mas acabou eliminada nas oitavas de final pelo Itabirito (MG), após uma campanha competitiva nas fases iniciais. No Campeonato Paranaense, o time fez uma primeira fase impecável e garantiu vaga na decisão contra o Toledo. As datas e horários da final ainda serão definidos pela Federação Paranaense de Futebol.

O Athletico Paranaense, que viveu anos fortes no futebol feminino, precisará reorganizar sua modalidade após encerrar atividades em 2024. O clube foi vice-campeão da Série A2 em 2022 e acumulou cinco títulos estaduais consecutivos (2020, 2021, 2022, 2023 e 2024). No entanto, a queda de rendimento e o rebaixamento levaram ao fim temporário do projeto. Agora, com a volta à elite masculina, o Furacão terá de estruturar novamente o departamento feminino para se adequar às exigências.

Equipe feminina do Remo. Foto: Divulgação/FPF

Impacto imediato na elite brasileira

A Chapecoense, historicamente reconhecida pela formação de atletas no futebol feminino, também precisará reativar seu time. A assessoria do clube confirmou que a instituição não mantém atividades atualmente, o que impõe um desafio considerável para 2025. A criação de elenco, comissão técnica e categorias de base deve ser prioridade para atender as normas da CBF. O retorno à Série A masculina torna o projeto feminino novamente indispensável para a estrutura esportiva do Verdão do Oeste.

O Clube do Remo segue ativo na modalidade, apesar da temporada irregular na Série A2, que resultou no rebaixamento para a Série A3. As Leoas terminaram na última colocação do Grupo B, somando apenas um ponto em sete partidas, desempenho bem abaixo do esperado. Mesmo assim, o projeto segue firme: o time foi vice-campeão do Paraense Feminino e será o único representante do Norte na Copinha Feminina, marcada para março. O acesso masculino reforça a necessidade de ampliar investimentos e fortalecer o departamento.

A exigência da CBF pressiona Athletico-PR e Chapecoense a planejarem reestruturações rápidas, garantindo equipes competitivas já em 2025. A retomada dos departamentos femininos tende a movimentar o mercado, abrir oportunidades e influenciar diretamente na base regional. Coritiba e Remo, por outro lado, partem de projetos já existentes, o que pode acelerar adequações e reforços para a próxima temporada. O cenário reafirma como o futebol feminino se tornou peça obrigatória na organização dos clubes brasileiros.

Uma nova oportunidade para o desenvolvimento da modalidade

Com quatro clubes ascendendo à elite, dois deles sem atividade no feminino, 2025 traz um novo ciclo para a modalidade. A reconstrução de projetos tradicionais, como Athletico e Chapecoense, pode gerar impacto positivo em suas comunidades e fortalecer competições estaduais e nacionais. Ao mesmo tempo, Coritiba e Remo têm a chance de consolidar investimentos já feitos. Em comum, todos os clubes precisam agora alinhar estrutura, calendário e formação para que o futebol feminino siga crescendo de forma sustentável.