Corinthians tem pior público em 15 meses após estreia do reconhecimento facial nas catracas
Tecnologia obrigatória afasta torcedores, e Arena registra pior público desde goleada na Sul-Americana de 2024 Corinthians enfrenta o Ceará na Arena CastelÃ...

Tecnologia obrigatória afasta torcedores, e Arena registra pior público desde goleada na Sul-Americana de 2024
Corinthians enfrenta o Ceará na Arena Castelão
Após derrota em uma partida polêmica no último domingo (13), o Corinthians volta a campo nesta quarta-feira (16), às 19h30, para enfrentar o Ceará, na Arena Castelão, em Fortaleza. Ao contrário do Timão, os cearenses chegam animados após vencerem o clássico estadual.
O Timão é o 11º colocado do Brasileirão Betano, com 16 pontos conquistados. Porém, o Alvinegro Paulista somou apenas seis dos últimos 15 pontos e está a apenas cinco pontos à frente do Juventude (11), primeiro time dentro da zona de rebaixamento. Além de subir na tabela, o Alvinegro busca reconquistar seus torcedores.
Isso porque, na derrota do Corinthians para o Red Bull Bragantino, foi registrada a primeira vez em mais de um ano e três meses que a Neo QuÃmica Arena recebeu um público inferior a 35 mil pessoas. A última ocasião havia sido na goleada por 4 a 0 sobre o Nacional (Paraguai), pela Copa Sul-Americana 2024, quando 32.246 torcedores compareceram ao estádio.
Reconhecimento facil fez o público cair contra o Red Bull
Na partida contra o Red Bull, o público foi de 34.211 pessoas. A principal razão para a redução de torcedores está ligada à estreia do sistema de reconhecimento facial nas catracas. A nova tecnologia passou a ser obrigatória desde o dia 14 de junho, conforme determinação da Lei Geral do Esporte (LGE), que exige sua implementação em estádios com mais de 20 mil lugares.
Apesar de a LGE estabelecer um prazo de dois anos para a adaptação, o Corinthians não fez testes prévios com o novo sistema, ao contrário de outros clubes. A gestão do ex-presidente Duilio Monteiro Alves teve seis meses para iniciar a implementação, enquanto Augusto Melo, atualmente afastado da presidência, assumiu a responsabilidade pelos 18 meses seguintes.
Um dos principais obstáculos para a implantação foi a indefinição sobre qual empresa ficaria responsável pela operação do sistema. Inicialmente, Augusto Melo firmou contrato com a Bepass, mas, após seu afastamento, o presidente interino Osmar Stabile rescindiu o acordo e firmou uma nova parceria com a Ligatech.
Clube poderia ter tido menos público ainda no domingo
O clube chegou a correr o risco de ter o público limitado a 20 mil torcedores no jogo contra o Bragantino. Contudo, no fim de junho, o Corinthians promoveu um evento-teste com convidados simulando um dia de jogo. Com isso, a PolÃcia Militar autorizou o funcionamento da capacidade máxima da Arena.
A estreia do reconhecimento facial não transcorreu sem contratempos. Diversos torcedores com ingressos para os camarotes relataram dificuldades na entrada devido a falhas na leitura. Segundo Marcelo Munhoes, diretor de tecnologia do clube, os problemas ocorreram por incompatibilidade entre o sistema do Fiel Torcedor e o software usado pelos camarotes.