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Mirassol corre contra o tempo para cumprir exigências da Conmebol e evitar perder vaga inédita na Libertadores

A diretoria do Leão Caipira trabalha em ritmo acelerado para resolver as pendências Momento de incerteza no Mirassol O Mirassol vive um dos momentos mais ...

Mirassol corre contra o tempo para cumprir exigências da Conmebol e evitar perder vaga inédita na Libertadores
Mirassol corre contra o tempo para cumprir exigências da Conmebol e evitar perder vaga inédita na Libertadores (Foto: Reprodução)

A diretoria do Leão Caipira trabalha em ritmo acelerado para resolver as pendências

Momento de incerteza no Mirassol

O Mirassol vive um dos momentos mais marcantes de sua história ao garantir uma vaga inédita na Copa Libertadores, após campanha surpreendente no Brasileirão Betano. Quarto colocado com 60 pontos, o Leão Caipira assegurou presença direta na fase de grupos. Porém, o clima de festa veio acompanhado de uma preocupação crescente: o clube ainda não cumpre exigências obrigatórias da Conmebol, o que pode até resultar na perda da vaga.

A primeira e mais urgente pendência é a criação de um time feminino profissional. Desde 2018, a Conmebol determina que todos os clubes classificados para suas competições precisam manter uma equipe feminina ativa e registrada. O Mirassol, apesar do avanço no futebol masculino, ainda não conta com um departamento feminino, o que coloca em risco sua participação no torneio continental caso não regularize a situação rapidamente.

Além disso, o clube enfrenta desafios relacionados ao Estádio Campos Maia, que atualmente possui capacidade para 15 mil torcedores. O número atende às exigências da fase de grupos, mas se torna insuficiente para o mata-mata, quando a Conmebol exige estádios a partir de 20 mil lugares. Para atender ao padrão, o Mirassol precisaria realizar uma ampliação e modernização do estádio, algo complexo com o calendário tão apertado.

Mirassol poderá jogar na capital paulista

A terceira pendência envolve a localização e logística. A Conmebol exige que os jogos sejam realizados em estádios situados a no máximo 140 km de um aeroporto internacional. Com isso, o Mirassol não conseguiria mandar seus jogos no Campos Maia e teria que atuar fora de casa, possivelmente em São Paulo, onde há estádios maiores e com melhor estrutura logística, como Allianz Parque, Morumbis ou Neo Química Arena.

Reinaldo comemorando gol contra o Santos – Foto: Jota Erre/AGIF.

Caso o Mirassol não consiga cumprir todas as exigências no prazo, a vaga pode ser repassada ao próximo clube melhor colocado no Brasileirão, que, neste cenário, seria o Bahia, um dos possíveis beneficiados pela situação. Ainda assim, a decisão dependerá dos resultados finais da tabela e da avaliação formal da Conmebol.

A diretoria do Leão Caipira trabalha em ritmo acelerado para resolver as pendências, mas reconhece que o prazo é apertado e que o clube vive um momento de “correr contra o tempo”. A expectativa é que ao menos o projeto do time feminino e o plano de estádio alternativo sejam apresentados antes do início da temporada continental.

Quando joga o Leão Caipira?

Enquanto isso, o Mirassol segue concentrado no Brasileirão Betano. A equipe volta a campo nesta segunda-feira (24), no Campos Maia, para enfrentar o Ceará, buscando manter a boa fase em casa e celebrar com sua torcida a incrível campanha, mesmo com a sombra da incerteza sobre a inédita participação na Libertadores.