São Paulo repete padrão de 25 anos atrás e sofre mais pênaltis que em qualquer temporada recente
Momento atual do SPFC contrasta com últimos anos e iguala marca que não acontecia desde o Paulistão de 2000 O pênalti marcado em Itaquera, na noite da últ...
Momento atual do SPFC contrasta com últimos anos e iguala marca que não acontecia desde o Paulistão de 2000
O pênalti marcado em Itaquera, na noite da última quinta-feira (20), não foi apenas mais um capítulo da derrota para o Corinthians, ele colocou o São Paulo diante de um marco incômodo que não aparecia havia 25 anos.
Pela primeira vez desde junho de 2000, o Tricolor chega a três jogos consecutivos no Brasileirão com penalidades assinaladas contra si e, somando toda a temporada, já acumula 16 infrações dentro da área, o maior número registrado pelo clube neste século.
Relembre 2000
O recorte que liga 2000 a 2025 ajuda a compreender o tamanho da queda atual. Naquele ano, uma sequência parecida apareceu em decisões contra Santos e Palmeiras, mas com um desfecho muito diferente: o São Paulo sustentou resultados e levantou o título paulista, além de avançar na Copa do Brasil. Agora, porém, o impacto tem sido negativo e imediato, todas as penalidades recentes foram convertidas e afetaram diretamente o placar.
A jogada em Itaquera também expôs uma diferença de critérios que alimenta o debate. No lance que originou o pênalti sobre Breno Bidon, o árbitro Anderson Daronco inicialmente avaliou o contato como disputa normal.
Porém, após revisão no VAR, a interpretação mudou para carga pelas costas de Ferreirinha. Poucos minutos depois, já no segundo tempo, Matheus Bidu empurrou Gonzalo Tapia dentro da área corintiana em um contato igualmente leve, mas dessa vez sem marcação.
Em 2025, a equipe já iguala números que só haviam sido vistos na virada do século: em 2000, foram 22 pênaltis sofridos, 17 convertidos e cinco defendidos. O contraste é duro, especialmente considerando que há apenas quatro temporadas o Tricolor passou um ano inteiro vendo apenas uma penalidade marcada contra si.
O arbitro Anderson Daronco durante partida entre Corinthians e Sao Paulo no estadio Arena Corinthians pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Ettore Chiereguini/AGIFO reflexo dessa reincidência já aparece no desempenho recente. Contra o Bragantino, o jogo estava controlado até o lance fatal. Contra Flamengo e Corinthians, as partidas mudaram de rumo imediatamente após a marcação. Em nenhum dos casos o time tinha vantagem confortável, dois pênaltis ocorreram com o placar zerado, e um logo após o São Paulo abrir o marcador, o que torna cada infração ainda mais determinante.
Goleiro do São Paulo reconhece gravidade do momento
O goleiro Rafael reconhece a gravidade do momento. Para ele, a sequência não pode mais ser tratada como acaso: “Depois dos três últimos jogos, isso tem feito diferença. O pênalti dá uma vantagem muito grande ao adversário. Corrigir isso talvez nos aproxime das vitórias.“