Nesta segunda-feira (8), o Papa Francisco, líder de mais de 1,35 bilhão de católicos no mundo, fez um apelo contundente pela proibição global da maternidade por barriga de aluguel, classificando a prática como “deplorável” e uma grave violação da dignidade da mulher e da criança.
Seus comentários têm potencial para causar controvérsia, principalmente entre grupos pró-LGBT+, já que a barriga de aluguel é frequentemente utilizada por casais gays que desejam ter filhos. Isso segue sua decisão histórica de permitir que padres abençoem casais do mesmo sexo.
“Considero deplorável a prática da chamada maternidade por barriga de aluguel, que representa uma grave violação da dignidade da mulher e da criança, com base na exploração de situações de necessidades materiais da mãe”, afirmou o Papa. “Consequentemente, expresso minha esperança em um esforço da comunidade internacional para proibir essa prática universalmente.”
Em um discurso de 45 minutos para diplomatas credenciados pelo Vaticano, Francisco, aos 87 anos, expressou sua posição. A prática da barriga de aluguel, embora cresça em interesse, é ilegal em muitos países e estados dos EUA, principalmente devido a preocupações éticas e ao potencial “viés de pobreza” contra mulheres que se tornam mães de aluguel por necessidades financeiras.
Francisco também reiterou a posição do Vaticano contra a teoria do gênero, criticando-a como “extremamente perigosa” por sua suposta tentativa de “cancelar as diferenças” ao promover a igualdade. Ele destacou a complexidade e fluidez do gênero, que vai além das categorias binárias de masculino e feminino.