O presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, se entregou à Polícia Federal em Brasília na manhã deste sábado (15). Foragido desde a última quarta-feira (12), ele é investigado por suposto desvio de R$ 36 milhões do Fundo Partidário do Solidariedade.
De acordo com a PF, Eurípedes se apresentou à polícia por volta das 11h45. O dirigente chegou a ser incluído na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), nome dado para a lista de fugitivos mais procurados em nível internacional.
Eurípedes é alvo da Operação Fundo no Poço, deflagrada pela PF na última quarta. Recaem sobre o presidente do partido acusações de candidaturas laranja, uso do dinheiro da legenda para passeios internacionais de seus familiares, eventual envolvimento no sumiço de um helicóptero do PROS, avaliado em R$ 3,5 milhões, e ainda o “desmonte” da sede e do parque gráfico do partido.
A lista de suspeitas que pesam sobre Eurípedes consta da decisão judicial que colocou a PF em seu encalço. Na ocasião, seis investigados foram presos, mas Eurípedes não foi localizado pelos investigadores.
A operação foi autorizada pelo juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral de Brasília. Ao decretar a prisão preventiva do dirigente partidário, o magistrado destacou indícios que apontam para desvios de recursos dos fundos partidário e eleitoral, em benefício do próprio Eurípedes e de familiares e aliados dele.
A PF atribui a ele o papel de chefe de uma organização criminosa “estruturalmente ordenada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral”.
Segundo relatório da Operação Fundo no Poço, o presidente do Solidariedade “gere o partido político como um bem particular, auferindo enriquecimento ilícito pessoal e familiar por meio do desvio e apropriação dos recursos públicos destinados à atividade político-partidária”.
Pleno News.