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Sobreviventes de Furacão Helene avaliam danos após fim da tempestade | CNN Brasil

por salvadoroliveira
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Sobreviventes do furacão tropical Helene esforçam-se por reconstruir as suas vidas, enquanto o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende nesta quarta-feira (2) avaliar os danos causados pela passagem do furacão pelo sudeste do país, que matou ao menos 162 pessoas.

Depois de ter atingido a Flórida como um furacão de categoria 4, na quinta-feira (25), o Helene lançou a sua fúria em grande parte do sudeste dos Estados Unidos, incluindo a Geórgia, a Carolina do Sul e a Carolina do Norte, onde inundações repentinas elevaram o nível de riachos e rios, destruíram casas e afastaram as vítimas de suas famílias.

O presidente Joe Biden deverá visitar a Carolina do Norte e a Carolina do Sul, incluindo um sobrevoo por Asheville, a sede do condado de Buncombe, na Carolina do Norte, onde pelo menos 57 pessoas morreram.

A vice-presidente Kamala Harris, que se encontra em plena campanha presidencial contra o rival republicano Donald Trump, vai visitar a Geórgia e a Carolina do Norte, dois dos estados mais afetados e que se encontram entre os sete estados-chave do campo de batalha das eleições deste ano.

Na segunda-feira (1º), Trump visitou a Geórgia.

As visitas de alto nível ocorrem no momento em que as autoridades federais, estaduais e locais se preparam para o que o Secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, disse ser um “empreendimento multibilionário” que durará anos.

As equipes de busca continuam procurando pelos destroços e prestando ajuda aos sobreviventes em meio a estradas e pontes destruída e linhas de energia derrubadas.

Na cidade de Swannanoa, na Carolina do Norte, Jessica Dixon, procura o pai, que segundo ela pode ter morrido ao ser arrastado pela correnteza de um riacho atrás da sua casa.

“O meu pai foi nos fundos ( da casa) para pegar a bolsa da minha mãe, onde estavam as chaves”, disse Dixon. “Depois, tudo o que consegui ouvir foi o Parker (filho da Jessica) dizendo: ‘O avô foi embora. O avô foi embora’. E ele foi levado pela água”.

Em Clyde, outra cidade do estado americano, Matt Hartwiger abandonou a sua casa na margem de um rio pela manhã de sexta-feira (27), quando as sirenes começaram a tocar. Em poucas horas, a água do rio Pigeon chegou no segundo andar da casa.

Hartwiger, sua mulher grávida de seis meses, os seus três filhos pequenos e os seus animais de estimação foram dos primeiros a chegar ao abrigo da cidade no condado de Haywood. O casal passou por vários motéis até chegar a Knoxville, no Tennessee, uma viagem de 100 quilômetros que levou dois dias, devido ao fechamento de estradas.

Desde então, ele foi avisado por um grupo da igreja de que estavam limpando a lama da sua casa construída em 1900 e que empilharam os móveis destruídos no exterior.

Ele pretende voltar.

“Não sei se terá trabalho. Não sei se as pessoas terão onde viver”, disse Hartinger, gerente de um restaurante.

Algumas localidades do oeste da Carolina do Norte podem ter vivido um evento único a cada 5 mil anos, pois as condições eram perfeitas para criar a precipitação máxima, disse o climatologista do estado do Tennessee, Andrew Joyner.

Antes de Helene, houve uma tempestade no Golfo do México que provocou a saturação de áreas como o Monte Mitchell, o ponto mais alto dos Apalaches, localizado acima de comunidades duramente atingidas como Swannanoa e Black Mountain. Depois, quando o Helene se aproximou no ângulo perfeito para se elevar sobre o pico, as chuvas intensificaram-se.

“O evento foi uma tempestade perfeita”, disse Joyner.

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