O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, foi nomeado nesta segunda-feira (3) como diretor interino da Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). Em uma nota emitida pelo Departamento de Estado, o órgão diz que a Usaid “há muito tempo se afastou de sua missão original de promover os interesses americanos no exterior de forma responsável”.
– Agora está bem claro que partes significativas de financiamentos da Usaid não estão alinhadas com os principais interesses nacionais dos Estados Unidos. Como uma medida provisória a fim de obter controle e melhor compreensão das atividades da agência, o presidente Donald J. Trump nomeou o secretário Marco Rubio como administrador interino – diz o comunicado.
Ainda de acordo com o Departamento de Estado, Rubio notificou o Congresso de que uma reavaliação das atividades de ajuda externa da Usaid está em andamento com vistas a uma possível reorganização e que, enquanto essa avaliação acontecer, o órgão continuará a “proteger os interesses do povo americano e a garantir que o dinheiro de seus impostos não seja desperdiçado”.
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No último domingo (2), o empresário Elon Musk chamou a Usaid de “organização criminosa” e acusou a agência de estar envolvida “em trabalhos sujos da CIA”, na “censura da internet” e de ser usada pela “esquerda radical” para financiar “partidos políticos e a mídia esquerdista em todo o mundo”. Já nesta segunda (3), Musk disse que sugeriu a Trump encerrar a Usaid.
– Conversei detalhadamente com Trump, e ele concordou que deveríamos encerrar o projeto – declarou.
PROJETOS POLÊMICOS FINANCIADOS PELA USAID
Em uma nota publicada pela Casa Branca nesta segunda, o governo americano também detalhou alguns projetos polêmicos que teriam sido financiados pela Usaid ao longo das últimas décadas, entre eles repasses milionários para a EcoHealth Alliance, entidade que esteve envolvida em uma pesquisa no Instituto de Virologia de Wuhan, na China, sobre o coronavírus em morcegos.
Além disso, o governo dos Estados Unidos também elencou inúmeros repasses da Usaid para produções culturais sobre diversidade, transgêneros e questões relacionadas ao “ativismo LGBT” ao redor do mundo.
Entre elas estão:
– 1,5 milhões de dólares (R$ 8,68 milhões) para “promover a diversidade, a equidade e a inclusão nos locais de trabalho e nas comunidades empresariais da Sérvia”;
– 70 mil dólares (R$ 405 mil) para produção de um “musical sobre diversidade, a equidade e a inclusão na Irlanda”;
– 47 mil dólares (R$ 272 mil) para uma “ópera transgênero” na Colômbia;
– 32 mil dólares (R$ 185 mil) para uma “história em quadrinhos transgênero” no Peru;
– 2 milhões de dólares (R$ 11,58 milhões) para mudanças de sexo e “ativismo LGBT” na Guatemala.